Rafael Gonçalves é indígena descendente de dois povos, os Kayapó-do-Sul (Mebengokré, que já saíram do triângulo mineiro na década de 30) e Púry (Serras da Mata Atlântica no Rio de Janeiro, cujos territórios foram todos expropriados).
Hoje Rafael Kayapó-Púry soma forças inspirando seus amigos parentes como o tapuia Alexandre França (Grupo Raça) e Jecinaldo Sateré a lançarem o programa de bolsas Terra Nativa para indígenas, quilombolas e afrodescendentes, para promovermos a inclusão educacional que empodere os jovens e adultos dos povos tradicionais e ancestrais para serem protagonistas de um futuro melhor.
Tem 53 anos, carioca, frequenta Brasília há 42 anos e reside na capital pela segunda vez (primeira em 2010/2011), desde 2023.
Atua profissionalmente como designer gráfico desde os 14, com experiência nacional e internacional produzindo como autônomo empreendedor desde o inicio da Internet, com publicidade, jornais e revistas, livros, marketing, cultura, teatro, cinema e museus (Planetário da Gávea no Rio e Museu do Trabalhador em Brasília), cenografia e direção de arte para exposições como Ocupação Zé Celso no Itaú Cultural (SP) e o Grafismos Indígenas Hóri agora em.2024/2025 em Brasília.
Contribuiu desde cedo com o movimento sindical e estudantil principalmente na vitoriosa campanha Fora Collor, como diretor da UNE na década de 90, liderando estudantes no Brasil inteiro; assim como pelo Movimento Brasil Sem Fome pela Ação da Cidadania, e o Movimento pela Ética na Política com Betinho; Eco 92; e a retomada do Festival de Cultura e Arte da UNE.
Coordenou a comunicação e articulação de base para campanhas eleitorais de vereadores, deputados federais e estaduais, governadores no Rio, São Paulo e Brasília, elegendo Ângelo Queiroz (2010) e da Presidência da República para Lula em 2002/2006/2010. Também atuou internacionalmente como consultor parceiro da FIOCRUZ com Fundació “la Caixa”, na Espanha.
É militante do movimento indígena com atuação destacada pela OABRJ junto à defesa dos parentes pela Aldeia Maracanã desde 2013, cuja entidade apóia até hoje.
Em 2016, funda em Niterói a OCA (Organização Coletivo Ambiental) com amigos especialistas e preside a entidade até hoje expandindo sua atuação, que iniciou com a coordenação do Comitê do Legado Olímpico e defesa do meio ambiente e Comitê de Recursos Hídricos da Baía de Guanabara, fortalecendo contato com instituições públicas e privadas, a academia científica e os movimentos sociais e ambientalistas com as lideranças indígenas.
Atualmente colabora na militância do Conselho Indígena do DF, projetos estratégicos com a APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e o MPI (Ministério dos Povos Indígenas), Esporte Indígena, e apoio à lideranças ancestrais como o Chefe Álvaro Tukano, o projeto Cultural Grafismos Indígenas Hóri com Guy Dessano exposto no Memorial dos Povos Indígenas do DF, com quem a OCA desenvolve projetos culturais e, atuando com as lideranças da TI KAYAPÓ no Sul do estado do Pará, junto com o líder de seu povo kayapó e de todos os povos indígenas do Brasil, nosso grande Chefe Raoni Metuktire Txucarramae Mekragnoti.
Mantendo a cultura ancestral, mora numa região de exuberante natureza no bioma do cerrado, que ajuda a proteger com a comunidade local, preservando a fauna, flora e as nascentes do cerrado na Serrinha do Paranoá, acima do Lago Norte, em Brasília.